Damares Alves, futura Ministra dos Direitos Humanos, é ridicularizada por militantes e jornalistas de esquerda

Nesta quinta vimos cenas lamentáveis envolvendo Damares Alves, futura ministra dos Direitos Humanos do governo Bolsonaro, que foi ridicularizada por ter dito que viu Jesus em um pé de goiaba.

Damares explica que foi violentada sexualmente aos seis anos de idade e teria subido no pé de goiaba com veneno de rato para cometer suicídio, mas a visão de Jesus lhe salvara a vida.

O relato gerou uma onda de zombarias e humilhações de perfis esquerdistas, incluindo jornalistas.

Inclusive o perfil lacrador no Twitter do Globo Rural fez piada e logo em seguida apagou:

O @Globo_Rural apagou, mas eu arquivei. Parece que agora ta liberado piadas com estupro, façam piadas envolvendo estupro com a galerinha ''do bem'' pra vocês testarem uma coisinha https://t.co/rmGRblAMhi

— Ódio do bem ² ? (@odiodobem2) December 13, 2018

A Jovem Pan também deu espaço para os jornalistas Vera Magalhães, Silvio Navarro e Carlos Andreazza zombarem da situação:

Que atitude deplorável senhores jornalistas @veramagalhaes , @silvionavarro e @andreazzaeditor…

Deboche inoportuno da fé religiosa de uma criança que era vítima de abusos sexuais.

Lamentável. Feio. Muito feio. pic.twitter.com/8cuEjUfvfO

— Eduardo ???? (@Rivotripa) December 14, 2018

Em seus perfis oficiais, Bolsonaro se manifestou contra os ataques:

É surreal e extremamente vergonhoso ver setores da grande mídia debocharem do relato da futura Ministra Damares Alves sobre a fé em Jesus Cristo, que a livrou de um suicídio desejado por conta de abusos sofridos na infância. Lamentável!

— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) December 13, 2018

Em entrevista ao Antagonista, Damares disse: “O momento mais doloroso da minha vida, a imprensa está zombando. Mas que zombe, que fale, a fé me salvou naquele pé de goiaba”.

Imagina como seria se fosse o contrário?

Opa opa… o mesmo pessoal que condena minhas piadas e dá manchete que sou da “cultura do estupro” e que sou tudo com “ista” está zuando a ministra porque ela foi abusada quando criança e ia se matar. É isso?

Meu documentário tá cada dia melhor…

— Danilo Gentili (@DaniloGentili) December 13, 2018

Quem é Damares Alves

Aproveitando a matéria, segue um resumo da vida e obra da futura ministra dos Direitos Humanos, compilado pelo perfil Kaah Hernandez no Facebook.

Damares Alves cresceu no Sergipe, mas morou em várias cidades do Nordeste na juventude; de origem humilde, ela é filha de um pastor e de uma dona de casa. Quando criança, aos 6 anos de idade, foi abusada sexualmente. A violência foi tão brutal que a tornou incapaz de gerar uma criança em seu útero.

No final da década de 80, no Sergipe, Damares fundou o comitê estadual do Movimento Nacional Meninas e Meninos, cuja principal função era a proteção de crianças moradoras de rua. Nesse período, por diversas vezes, transformou seu próprio apartamento em lar temporário para essas crianças. Outras vezes, para entender o problema na pele, dormiu nas ruas de Aracajuao lado delas. Também atuou na defesa dos direitos da mulheres pescadoras e trabalhadoras do campo. Existe ainda hoje, no povoado Siririzinho, na cidade de Siriri, em Sergipe, um centro social que recebeu, em 1987, o seu nome: Damares Alves.

Como advogada, trabalhou na Secretaria de Turismo da Prefeitura de São Carlos (SP). Em 1998, se mudou para Brasília para trabalhar como assessora parlamentar na Câmara dos Deputados. Em 2015, se tornou assessora jurídica do senador Magno Malta (PR-ES).

Não tem filhos biológicos mas adotou uma indiazinha que foi salva da prática de infanticídio, comum em algumas tribos do Norte quando há o nascimento de bebês gêmeos ou com qualquer tipo de deficiência. A experiência a motivou a criar o Movimento Atini que busca no Congresso Nacional meios de proteger crianças indígenas que correm o risco de ser sacrificadas.

Foi uma das fundadoras do Movimento Brasil Sem Aborto, a entidade organizada mais influente na defesa dos nascituros no Brasil. É palestrante reconhecida nacionalmente pelo combate à pedofilia e coordenadora do Movimento Nacional Brasil Sem Drogas.

Advoga voluntariamente, há 30 anos, para mulheres em situação de vulnerabilidade social e violência doméstica e é coordenadora do Instituto Flores de Aço, com sede em Brasília, que milita em defesa dos direitos da mulher.